domingo

Do Meu Jeito

Frank Sinatra não esta mais entre nós, mas deixou imortalizada uma canção que estou escutando agora, My Way. Uma canção que circulou pelo repertório inclusive de Nina Hagen, Elvis Presley, Celine Dion e tantos outros.
A letra fala de um cara que teve uma vida cheia, que percorreu muitas estradas, que amou, riu, chorou, mas o importante é que fez tudo isso do jeito dele.

“ I’ve lived a life that’s full / I’ve traveled each and every highway / But more, much more than this / I did it my way .”
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Acho que ser diferente é mais estimulante do que ser o melhor. Essa diferença não esta em sair para rua de pijama ou comer churrasco de pingüim, mas em concentrar-se no que realmente nos dá prazer, sem julgar se é politicamente correto ou incorreto, e muito menos se vai contar pontos no rankings dos descolados. Trata-se de incorporar ao nosso dia-a-dia pequenos deleites que registrem nossa identidade. Os grandes prazeres são imperativos e comuns a todos, existem para satisfazer nossa necessidade de sexo, fome, sede, frio, calor, afeto. Os pequenos prazeres, ao contrário, nos individualizam, revelam a nossa maneira de estar no mundo.
É o nosso jeito.

Em 2005, de minha parte, quero ter tempo para ao menos um banho de banheira, ficar ali imersa ouvindo música e tomando um espumante bem gelado ou um vinho tinto. Quero ter um livro novo da Lya Luft ou Elisa Lucinda, quero ir ao cinema no mínimo duas vezes na semana. Quero caminhar 45 minutos de manhã cedo. Quero assinar a revista Bravo. Quero renovar as flores da casa toda semana. Comer muito queijo emental. Ser a primeira a abrir o jornal. Dormir em lençóis de percal.

Em 2005 quero com minhas amigas bater papo e dar risadas no Out Back da Barra. Dar menos explicações, ver mais Elisa Lucinda brilhando em recitais de poesias. Quero no mínimo oito horas de sono. Viajar de trem. Brigar com alguém. Escrever mais. Dirigir ouvindo um CD novo a cada mês. Quero tomar mais água. Bordar um tapete.

Não quero ver filme com bicho, nem ouvir má notícia, nem festa de criança. Não quero cama amarfanhada ,poesia concreta, chuveiro fraco, banho frio, barulho de obra e, se pudesse pularia os domingos.

Em 2005 quero subir pela escada, comer camarão com molho de abacaxi, viajar com meu filho, apoiar os meus pés no braço do sofá, não deixar faltar gelo, manjericão e beijo na boca. Pequenos prazeres, volúpias enormes.
Tenha você também um ano feliz a seu modo.

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